domingo, 31 de maio de 2009

Uma noite de ultraviolência

Sexta-feira, 29/05/2009.
Um dia a ser lembrado para sempre na minha vida.
A data marca o encontro, no Rio de Janeiro, das duas maiores bandas de metal do Brasil: Sepultura e Angra

A abertura, ao contrário do que eu pensava, foi com Angra. E ao contrário do que a maioria pensava, o show mais cheio não foi o do Angra. O show do Angra foi bom e muito legal. Mas foi só. O novo jeito do Edu cantar, não influenciou tantas músicas quanto esperado. É claro, que ele conseguiu reduzir Lisbon de muito foda pra muito boa. mas tá tudo bem. O Confessori toca muito bem, aliás. Apesar de ser bem menos rápido que o Aquiles, a forma como ele toca deixa as músicas muito mais agradáveis ao contrário da mesmice que a música do Aquiles, por vezes, apresenta. Além disso, para compensar a falta de velocidade nos pedais, o bumbo estava afinado de modo a fazer um som bem grave, o que se mostrou muito bom ^_^

Mas apesar do Angra não ter ido mal, a maior parte das atenções se voltou para as estrelas da noite: o Sepultura.
Começando com a primeira Intro do álbum novo, A-Lex, eles criaram um clima de sombria expectativa no público. As pessoas esperavam violência, brutalidade e agressividade.
E conseguiram. Assim como o Moloko Mesto deixava Alex DeLarge e seus droogies prontos para a ação e para a ultraviolência, a música de mesmo nome do Sepultura fez com que dezenas de jovens e adultos, de idades bem diferentes, dessem empurrões e murros numa enorme roda punk (se é que aquela batalha pode ser chamada apenas de "roda punk"). Aliás, o show inteiro, pode ser resumido em uma ou duas grandes rodas punk, incitadas pelas músicas mais novas que resgatam o peso e a velocidade do antigo Sepultura (incluindo Convicted in Life, do álbum anterior ao A-Lex) e por vários clássicos da banda: Refuse/Resist, Dead Embryonic Cells, Territory, Arise, Roots Bloody Roots, Attitude, entre outros...

Alexander DeLarge brinda a esse show

Algo que eu tenho de importante a dizer, é que esse foi o meu primeiro show do Sepultura e eu tiro lições importantes dessa noite.

Em primeiro lugar, a música. A música do Sepultura, ao vivo, é contagiante, epidêmica. Faz você ter vontade de socar, chutar, quebrar e esmagar. Faz você ver cada pessoa na sua frente como um irmão de sangue. Ela é agressiva, bem feita, rápida, pesada, divertida, brutal...e mesmo sabendo de tudo isso, muito antes de ir ao show, você se sente enlouquecido e sem reação. Você tem vontade de gritar, bater a cabeça, esmurrar. Você faz tudo isso, ao mesmo tempo, e você ama o que está fazendo.

Em segundo lugar, as pessoas. Por mais escrotos e marrentos que alguns fãs de Sepultura pareçam ser, eles se tornam bárbaros civilizados ao entrar numa roda punk. Ninguém saiu ferido (ninguém que eu tenha visto). Um rapaz, próximo a mim, foi jogadas no chão, sendo prontamente reerguido pelo mesmo homem que o empurrou. O esforço de uns para proteger suas namoradas, era respeitado, na medida do possível. Eu mesmo, levei porrada pra ajudar um cara que eu nunca tinha visto a amarrar os cadarço do tênis! As pessoas se agrediam, para momentos após, estarem se abraçando.

Isso, eu acredito, é Sepulnation. E a partir de ontem eu faço parte oficialmente na "nação Sepultura" xD.

Well, my droogies. This was a real horrorshow night!

3 comentários:

  1. Ultraviolento pra caralho! mas foi muito bom. =)

    vemo-nos em outros shows

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  2. uahsuahsuahsuahsuahs que liindo *-* dignity, dignity above all. ps: se o fosse o ludwig eu estaria lá presente comcerteza o/

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